7 grandes obstáculos nos estudos de inglês
Ter o inglês como segunda língua é o objetivo comum
de várias pessoas. Isso acontece por um motivo óbvio: o inglês é uma das
línguas mais faladas no mundo. Para onde quer que você vá, alguém saberá pelo
menos um pouco de inglês e tentará te ajudar caso seja necessário. Como
qualquer novo desafio, esse aprendizado requer persistência,
paciência e muita – mas muita – prática.
1. Zona de conforto
Adotar um novo hábito é
desgastante no começo. A não ser que a pessoa seja muito apta a mudanças, ela
vai sentir cansaço e é aí onde muitas pessoas desistem. Insistem 3 ou 4 meses
em algum curso e simplesmente pensam “isso não é para mim”, depois voltam para
sua rotina de sempre. O cérebro demora a interiorizar algo como parte da sua
vida. Então, em primeiro lugar, não seja um quitter (alguém que
desiste), vá em frente e dê o seu melhor!
2. Interferência da língua materna ou tradução
ao pé da letra
É inegável que quando estamos aprendendo a falar
outro idioma, precisamos de uma comparação com o nosso modelo de língua atual –
no nosso caso, o português. Particularmente, eu acho que isso ajuda muito,
porém fique atento, é uma faca de dois gumes.
Traduzindo as coisas ao pé da letra, salvo pouquíssimas situações, vai fazer o
seu English soar estranho. Digo isso porque várias vezes vi alunos falando “bagunsation”, “I love maracuja”, “the animal catches” (o bicho pega). Então vá
com calma e busque adquirir vocabulário. Procure ser básico, muitas vezes esse
é o melhor caminho. Nunca tenha vergonha de perguntar “How do I say ______ in English?” (Como eu digo ______ em inglês?). A melhor alternativa para se livrar
da interferência da L1 (língua materna) é estar em constante contato com o
inglês. Você pode ouvir músicas, deixar ligada a televisão na BBC News ou ligar até mesmo uma rádio de notícias online.
3. Pronúncia
Das dificuldades, para mim, essa é uma das mais
fáceis de serem resolvidas. Um bom professor, que ensine bem as consoantes,
vogais e faça o aluno repetir a pronúncia correta em sala de aula já resolve –
óbvio, com treino. Se você estuda por conta,procure assistir vídeos com legendas
em inglês, isso vai ajudá-lo a verificar a pronúncia das palavras.
Erros bastante comuns acontecem com as seguintes pronúncias:
§
TH: sua língua precisa tocar os dentes inferiores e
superiores, e então você empurra o ar para fora da boca;
§
CH: nunca é pronunciado como em chave, e sim como
em tchau;
§
TION: sempre se fala xãn (como se lê o nome Sean em
Inglês).
Existem também as palavras que confundem, como awful (lê-se óful), women (lê-se uímen) etc. No começo, facilita se você anotar a pronúncia ao
lado das palavras, mas tome cuidado para não se prender muito a isso, pois pode
prejudicar sua escrita.
4. Listening
É muito mais fácil entender um estrangeiro falando
inglês do que um nativo. Já reparou? Isso acontece porque falta fluência tanto
para nós (listeners, ou ouvintes) quando para o speaker (locutor). O nativo tende a “esconder” muitas
letras e contrair bastante coisa.
Portanto, investir um tempo em suas habilidades de ouvinte vai ajudá-lo a
melhorar muito a sua performance durante uma conversa. Já imaginou perder seu
vôo que foi anunciado mais de 3 vezes porque não entendeu a mensagem? Outra
dica (essa, para teachers): “não pegue leve”! Muitos professores tem a tendência de falar
pausadamente para que o aluno acompanhe. Faça isso quando o aluno não entender.
Caso contrário, faça com que o aprendiz se acostume com a sonoridade natural da
língua.
5. Métrica da língua: understanding and
improving
Calma, você vai entender! Métrica de linguagem é o
estudo de ritmo, melodia e entonação. Isso se relaciona profundamente com o
tópico anterior. Veja o exemplo:
§
Você está cansado.
§
Você está cansado?
§
Você não é rico.
§
Você não é rico?
Em português, a métrica é muito importante, já que
nossas perguntas não se diferem gramaticalmente das frases tanto negativas
quanto interrogativas. Existe uma diferenciação na entonação e melodia. No
inglês, isso também ocorre, porém eles ainda diferenciam as perguntas no âmbito
gramatical. Prestar atenção a esses fatores difere você de uma pessoa com um
ESL regular. Por que ser bom se você pode ser fantástico?
6. Falta de parceiros para estudo e prática
Como já é sabido, a prática do inglês – para um
melhor aprendizado – deve ser contínua e intensa. Por isso mesmo, muitas
pessoas estudam durante anos e acabam esquecendo muita coisa. Falta parceiros
para praticar a língua. Então nunca se esqueça de continuar praticando. O
cérebro acaba reciclando informação que não usamos.
7. Material ou métodos inadequados
Dos males, esse é o menor. Prabhu (1990) diz que não
há um método ideal, ou seja, cada pessoa precisa achar o método que
funciona para ela. Cada um tem seu próprio meio de aprendizado e seu próprio
contexto linguístico. Alguns com muito vocabulário e vários erros gramaticais,
outros, com gramática perfeita, mas frases batidas e nada de diferente para
acrescentar. Seja qual for seu método ideal, invista em livros, boas gramáticas e
bons dicionários. Nem só de Google viverá o homem!
E lembrem-se, não é de ninguém, exceto de vocês, a
responsabilidade por aprender e nutrir o ESL. Com muito amor e estudo, pode se
tornar uma paixão. Assim como se tornou para mim. Abraço e bons estudos!
Referências
§
PRABUH, N.S., There is no best method. Why? TESOL
Quarterly, 1990.
§
DONNINI, Lívia. Ensino da Língua Inglesa, CENGAGE
Learning, 2010.
FONTE: http://www.englishexperts.com.br/
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